terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ruas sem pavimentação


De todas as ruas do bairro Jardim Angélica, somente as travessas entre as Ruas Rosita Finster e Fernando Zanatta, a pequena rua 475 (que também é uma travessa) e cerca de 700 metros na Rua Otto Leopoldo Tiefense são sem pavimentação.
Em 2006, a situação era pior, o final da rua Walter da Silva Medeiros não era asfaltada (coisa que aconteceu no final do ano passado), e fiz esta reportagem para o projeto de jornal da faculdade de jornalismo. Já se vão quase três anos, e a matéria ainda me parece bem atual.

"Se a rua tivesse pavimentação eu não saia daqui". É o que declara o morador da rua Otto Leopoldo Tiefense, o vigia Rogério Espanhol, de 44 anos.
Ele está vendendo a casa em virtude da promessa da prefeitura de calçamento da rua que não aconteceu. "Vim morar aqui com a promessa de que no próximo ano a rua receberia calçamento, já faz seis anos e nada", comenta indignado. Espanhol mora com a mulher e o filho desde 2000 no bairro. Segundo ele, a falta de pavimentação desvaloriza sua moradia em 20 mil reais.
O secretário de Obras do município de Criciúma, Mauro Sônego, alega que a verba disponível para pavimentação, não daria para calçar novas ruas, apenas para fazer a manutenção das já existentes.
Na penúltima seção da Câmara de Vereadores, no ano passado, foi aprovada a mudança da lei de pavimentação nas ruas. Agora será aberto editais para empreiteiras interessadas em prestar o serviço a população.
A prefeitura daria a terraplanagem e o saibro; a população pagaria as lajotas ou o asfalto. Isso com a aprovação de pelo menos 80% dos moradores da rua. Os 20% restantes seriam pagos pela prefeitura, que cobraria posteriormente do morador no IPTU.
A situação se repete com o mecânico Antonio Bonfante, de 51 anos, morador da rua Walter da Silva Medeiros, que há 10 anos reside no bairro. "Provisoriamente desisti de vender, pois aqui tenho sossego, é um bairro muito bom de se morar", conta.
Mas mesmo assim, o morador deixa a sua reclamação. "O pessoal passa de carro com velocidade, e não respeita levantando muita poeira", argumenta Bonfante.

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