Quando fiz a matéria do Asilo, fiz um perfil com Valdir Denoni, e que aproveito para compartilhar aqui a sua história. Seu Valdir faleceu dois meses depois da entrevista. Fica aqui uma singela homenagem.
Longe da família
Seu Valdir Denoni é natural de Criciúma e tem 67 anos. Mora no asilo há seis anos. Deitado na cama e muito lúcido, ele conta que tem três filhos: Gilmar, com 40, Rosiane, com 38, e Ramires, com 36 anos. Separou-se há muito de sua mulher, que mora no Rio de Janeiro com os filhos.
Semanalmente recebe visitas do irmão e parentes. Seus filhos dificilmente vêm visitá-lo, devido à distância. Denoni trabalhou na mina CBCA durante 10 anos, até que uma pedra de nove metros caiu sobre ele. Com o acidente, aposentou-se. Depois de um tempo até conseguiu voltar a andar, mas um acidente de carro deixou-o definitivamente paralítico.
“Gostava de ler jornal, mas a falta de vista não deixa mais”, conta. Torcedor do Atlético Operário, Denoni diz que nunca foi fanático, mas acompanhava os jogos. “Nas peladas de fim de semana era difícil pegar de titular”, relata. “Eu gostava muito de ver as vitrines no centro. Podia ser de qualquer coisa, desde máquinas a brinquedos”, lembra.
Por alguns instantes as funcionárias do asilo interrompem a entrevista para advertir seu Danoni. Ele está comento pouco, está muito magro e com algumas manchas pretas na ponta dos dedos da mão direita e na boca. O aposentado é um dos milhares de brasileiros fumantes. Troca à comida para fumar. Começou a fumar com 25 anos, quando casou. “Comecei a fumar numa bobagem. Na época o lazer não era como hoje. Não tínhamos nada para fazer”.
Semanalmente recebe visitas do irmão e parentes. Seus filhos dificilmente vêm visitá-lo, devido à distância. Denoni trabalhou na mina CBCA durante 10 anos, até que uma pedra de nove metros caiu sobre ele. Com o acidente, aposentou-se. Depois de um tempo até conseguiu voltar a andar, mas um acidente de carro deixou-o definitivamente paralítico.
“Gostava de ler jornal, mas a falta de vista não deixa mais”, conta. Torcedor do Atlético Operário, Denoni diz que nunca foi fanático, mas acompanhava os jogos. “Nas peladas de fim de semana era difícil pegar de titular”, relata. “Eu gostava muito de ver as vitrines no centro. Podia ser de qualquer coisa, desde máquinas a brinquedos”, lembra.
Por alguns instantes as funcionárias do asilo interrompem a entrevista para advertir seu Danoni. Ele está comento pouco, está muito magro e com algumas manchas pretas na ponta dos dedos da mão direita e na boca. O aposentado é um dos milhares de brasileiros fumantes. Troca à comida para fumar. Começou a fumar com 25 anos, quando casou. “Comecei a fumar numa bobagem. Na época o lazer não era como hoje. Não tínhamos nada para fazer”.
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